A ANPRI, Associação Nacional de Professores de Informática apresentou a sua posição sobre a proposta de metas curriculares apresentada pelo Ministério da Educação e Ciência para discussão pública.
A ANPRI considera que, de um modo global, se podem considerar que as metas estão bem estruturadas e partem de princípios que se podem considerar consensuais e universais. Os conteúdos referidos são pertinentes, interessantes, diversificados, necessários e atuais. A proposta parece-nos adequada face às necessidades atuais do aluno do 3.º ciclo e orienta o processo de ensino e aprendizagem para o desempenho eficaz na emergente sociedade do conhecimento.
A ANPRI gostaria de apresentar cumprimentos à equipa que elaborou as metas de aprendizagem, pelo seu bom trabalho.
Segundo a ANPRI, no entanto, existem nas metas curriculares diversos fatores que podem tornar o seu cumprimento quase impossível. Entre estes fatores estão o elevado número de alunos por turma, a quantidade de computadores disponíveis, o reduzido tempo de aula (especialmente grave no caso da escola optar por aulas de 45 minutos). Na maioria das escolas teremos turmas de 30 alunos em salas de dez computadores, implicando um retrocesso da taxa de alunos por computador para 1:3, quando todo o equipamento presente nessas escolas permitiria avançar-se para um ratio 1:1 ou 1:2.
Infelizmente, sabe-se que não será a redefinição das metas a resolver este problema, uma vez que dependem de fatores externos às próprias metas curriculares. A única forma de solucionar este problema, seria eliminar algumas das metas, o que na nossa opinião seria ainda mais penalizador para os alunos.
A ANPRI está a tentar chegar ao diálogo do Ministério para ultrapassar estes constrangimentos.