A Associação para o Desenvolvimento e Sociedade de Informação (APDSI) realizou uma tertúlia sobre a importância das soft skills na qualificação das competências no mundo digital para maior e melhor empregabilidade.
O encontro, organizado pelo Grupo de Competências Digitais, Qualificação e Empregabilidade da APDSI, co-coordenado pela Presidente da Direção da ANPRI, Fernanda Ledesma, realizou-se dia 2 de outubro, na Rebis Consulting, em Sacavém.
Nesta tertúlia, decorreu um debate sobre a importância de encontrar um mix adequado de competências para nos mantermos competitivos no mercado e sermos cidadãos comprometidos.
A presidente da ANPRI salientou a importância das soft skills versus as hard skills, pois tem de haver quem usa as tecnologias, mas também tem de haver desenvolvedores de software, hardware, redes, robótica e outras áreas afins. Apostar, apenas, apenas no desenvolvimento das soft skills, sem apostar no conhecimento de diversas áreas, em simultâneo, é pouco, pois, podemos formar bons comunicadores e pessoas desenrascadas, mas também precisam de ter conhecimento e formação numa área, para que possam ser bons profissionais. A aposta tem de ser nas duas dimensões e que o desenvolvimento de projetos no âmbito das disciplinas pode ajudar a complementar as duas, salientando alguns exemplos dos projetos dinamizados pela ANPRI ou com parceiros.
Reforçou, ainda, que a nova disciplina de TIC, embora com pouco tempo atribuído, é a única forma de garantir que a educação para as tecnologias consegue chegar a todos os alunos do país.
Referiu que há diferenças entre os que as grandes e as pequenas empresas procuram na área das tecnologias. Enquanto, as grandes empresas procuram especialistas numa dada área, para integrar uma equipa, as pequenas procuram quem faça um pouco de tudo, no fundo que assuma todos os papéis da equipa.
Mostrou-se preocupada pela forma ligeira como está a passar a ideia de que “a escola tem de ser divertida” pois, pode trazer efeitos não desejados. Pois, a escola deve ser motivadora, mas não se deve descurar a responsabilidade de cada interveniente.
Salientou ainda, que se a educação não deve ter um modelo igual para todos, mas o mesmo deve refletir-se na formação de professores, também esta não pode ser igual para todos os professores.